domingo

Loucura ou normalidade?

Durante o terceiro dia de sequestro de Eloá, em Santo André, o jornal Metrô News levou a milhares de usuários do Metrô de São Paulo a seguinte manchete de capa: "Loucura de amor já dura três dias". Nossa mídia, com raríssimas excessões, tratou mais esse caso de femicídio, como um ato extremado de uma pessoa que ama. Com essa atitude, ela compactua com mais e mais mortes de mulheres que acontecem em todos os cantos do país, em todas as classes sociais.

Lindenberg não cometeu um crime passional, ele puniu uma jovem mulher por ela não querer continuar como sua companheira. Ele foi autorizado pelo discurso latente da sociedade que autoriza o subjulgo de qualquer mulher pelo seu namorado. Ele não cometeu uma loucura, ele cometeu uma normalidade.

Conjuntamente a essa atitude da imprensa brasileira, se portou do mesmo modo a polícia militar paulista - acostumados aos padrões mais conservadores de masculinidade. Eles, todo o tempo, subestimaram um assassino de mulheres em potencial.

Tudo muito, muito triste

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