sexta-feira

Mais um feminicídio filmado: Maria Islaine assassinada

Desgraçadamente, mais um homem levou a cabo o que aprendeu. Uma mulher que é “sua”, nunca poderá deixar de ser "sua" por vontade própria - a menos que o próprio homem decida por isso. Uma mulher não pode ter desejos, vontades, liberdade. Quando um ser oprimido se atreve a ter alguma vontade outra que não àquelas de seu dominador, o que lhe espera é a punição severa. Mais uma vez não é paixão, muito menos amor, portanto risquemos de nosso discurso o tal do crime passional. O assassino não amava a cabeleireira – ele simplesmente não podia tolerar que ela fosse livre. E a lição que deu a ela foram os sete tiros que enterraram tal ousadia.

Aprendemos isso: a bater em quem não nos subordina. Às vezes, quando mais polidos, usamos a manha, a intransigência ou a chantagem (emocional, financeira, física), e às vezes, quando estamos no limiar da perda de nosso reinado, preferimos a violência e o revólver.

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